Historicamente, o calendário era estruturado em duas grandes épocas: veris e hiems. O termo veris, proveniente do latim, refere-se à “boa estação”, associada à primavera e ao renascimento da natureza. Por outro lado, hiems significa “mau tempo”, representando o inverno e suas características de frio e hibernação. Essa dicotomia destaca a dualidade das estações e sua influência nas atividades humanas e na agricultura.

O sistema moderno de quatro estações – primavera, verão, outono e inverno – foi formalizado apenas a partir do século XVII, conforme indicado pelo Diccionário Etimológico de la Lengua Castellana, de Juan Corominas. Essa mudança refletiu uma compreensão mais aprofundada dos ciclos climáticos e da relação entre a natureza e a sociedade.

Vamos explorar as etimologias das estações:

Primavera: A palavra “primavera” vem de primo vere, que significa “princípio da boa estação”. Esse período é frequentemente associado ao florescimento das plantas e ao renascimento da vida após o inverno.

Verão: Derivada de veranum tempus, que se traduz como “tempo da frutificação”, o verão é marcado pelo calor e pela abundância de frutos, sendo uma época crucial para colheitas.

Outono: A origem do termo tempus autumnus significa “tempo de ocaso”. Este é o momento em que as folhas mudam de cor e as colheitas são realizadas, simbolizando a transição e a preparação para o inverno.

Inverno: Proveniente de tempus hibernus, que quer dizer “tempo de hibernar”, o inverno é caracterizado por temperaturas baixas e pela dormência de muitas plantas, refletindo um ciclo de descanso e renovação.

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