O seu cérebro literalmente muda quando você aprende algo novo. A memória é o resultado de uma experiência que você (seu cérebro) teve e que forma uma espécie de “registro”, como uma pegada que você deixa na areia da praia, a formação de uma conexão entre os neurônios.
Formar uma nova memória, que é, na verdade, aprender algo, é simplesmente criar novas conexões cerebrais. “Lembrar” essa memória é o processo de encontrar essa conexão e acessá-la, e existem diferentes tipos de memórias. Como falamos nesse artigo dedicado ao tema.
A memória de trabalho, que também é chamada de curto prazo, é a memória mantida em seu cérebro por talvez alguns segundos ou minutos, como um número de telefone que alguém acabou de passar. Assim que você perder o foco na informação, já era! E mesmo para mantê-lo em sua memória de curto prazo, você precisa fazer algum esforço, como repetir esse número várias vezes.
Já a memória de longo prazo é a que está lá há bastante tempo e que você pode recuperar (lembrar!) sem ter que praticá-la, ela “só está lá”. Memórias de longo prazo podem incluir informações duradouras e muito frequentes (como nomes de familiares ou como dirigir um carro) ou informações mais recentes, como quando você reconhece uma nova palavra que aprendeu no Duolingo ontem.
Entre essas memórias de longo prazo, existem dois tipos, que são para diferentes categorias de informação: a memória implícita, que é sobre habilidades e processos, como andar de patins e falar sua própria língua. E a memória explícita, que é sobre informações e fatos, como a capital de um país e o que você comeu no almoço.
Quando se trata de aprendizagem de idiomas, podemos pensar na memória implícita sendo usada para ter instintos sobre o que “soa bem” e quais palavras combinam, e memória explícita para descrever como a língua funciona. É por isso que existe uma diferença entre conhecer uma regra de linguagem e realmente ser capaz de usá-la. A maioria das pessoas não conhece todas as regras gramaticais em seu próprio idioma (memória explícita), mas pode usar seu idioma muito bem (memória implícita).
Se estamos tentando aprender algo (como palavras em um novo idioma), repetimos várias vezes (como desenvolver uma sequência), focamos nisso e praticamos. Tudo isso acontece enquanto a informação está na memória de trabalho (de curto prazo). Com prática, atenção e foco suficientes, essas informações podem “grudar” em nós e passar para a memória de longo prazo. Então, podem ser acessadas mais tarde, mesmo que você pare de pensar nisso por um tempo. Pode até durar décadas!
Você pode pensar na memória como uma estrada. Caminhe por ela várias vezes e ela se tornará um caminho bem conhecido e facilmente acessível! Mas mesmo as estradas mais bem estabelecidas podem ficar danificadas depois de muito tempo sem uso, não é mesmo? Da mesma forma, quanto mais você usa informações, mais fácil é recuperá-las. Por isso é importante sempre treinar e trazer para sua realidade o novo idioma que está aprendendo ou reaprendendo (o que será ainda mais rápido!).
Como você pode ver, o seu cérebro – e sua memória – é uma rede movimentada de todos os tipos de conexões, e quanto mais você trilhar esse caminho em busca de informações ou de uma habilidade de que gosta, maior a chance de ele permanecer e chegar à sua memória de longo prazo.
Via Mega Curioso