Bárbaro vem do grego antigo, βάρβαρος (barbaros), uma palavra onomatopeica para referir-se aos estrangeiros cujas línguas os gregos não entendiam e interpretavam como bar bar bar (semelhante a “blá blá blá” em português), com o significado de “não grego”.
Era como os gregos designavam os estrangeiros, as pessoas que não eram gregas e aqueles povos cuja língua materna não era a língua grega. Os romanos também passaram a ser chamados de bárbaros pelos gregos.
Isso revela o preconceito linguístico dos antigos gregos, os quais, apesar da grande contribuição deixada para a humanidade nas artes e nas ciências, negligenciaram totalmente o estudo de línguas e culturas diferentes da sua. Posteriormente, a palavra passou a ser usada com a conotação de “rude”, “incivilizado”, e é com esse significado que acabou sendo transmitida para as línguas modernas.
Povos “bárbaros” germânicos
Os bárbaros eram povos germânicos que não habitavam o Império Romano. Entre eles estão os francos, os lombardos, os hunos, os visigodos, os vikings e os ostrogodos. Cada povo possuía política e organização social própria. Eram povos harmônicos, que viviam da agricultura e eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses, aos quais ofereciam oferendas e dedicavam suas vitórias. Plantavam grãos e cultivavam animais para o comércio e seu próprio consumo. De todos os povos bárbaros, um deles merece maior importância: os hunos.
Bastante ambiciosos, os hunos eram hábeis guerreiros, porém violentos. Dedicavam-se a invasões, saques e pilhagens para sua sobrevivência e expansão territorial. Por conta desta ambição, durante anos pressionaram os demais povos bárbaros para uma invasão ao Império Romano com o intuito de explorar terras férteis (a Germânia era um território infértil, coberto por pântanos, o que dificultava o plantio) e acumular riquezas. Quando finalmente conseguiram, no século V, contribuíram intensamente para a queda do Império, mas não foram os principais responsáveis, pois na época das invasões o Império já se encontrava em crise.