Ketchup pode parecer uma palavra “americana da gema”, já que o consumo deste condimento nos Estados Unidos beira o meio bilhão de bisnagas por ano, mas a verdade a palavra vem do chinês, ou mais especificamente, de um dialeto do sudeste da China.
O termo remonta ao dialeto do sudeste da China, onde “koechiap” ou “kê-tsiap” significa “salmoura de peixe” — um molho fermentado usado para temperar alimentos.
A trajetória do ketchup
Origem Asiática
O kê-tsiap era um molho à base de peixe fermentado, popular no sul da Ásia, incluindo Malásia e Indonésia, onde ganhou o nome de “ketchap” ou “kecap manis” (uma versão adoçada). Esse condimento foi levado ao Ocidente por navegadores holandeses no século XVII.
Adaptação Ocidental
Quando chegou à Europa, o molho original foi modificado. Nos primeiros registros ingleses e americanos do ketchup, ele era semelhante ao molho de soja ou molho inglês: escuro, fino e sem tomate. No início, a palavra “ketchup” era usada para se referir a diferentes molhos à base de vinagre, com ingredientes variados.
Chegada aos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, por volta do século XVIII, surgiu a ideia de adicionar tomate ao molho, criando o que era conhecido como “molho de tomate com soja”. No entanto, o ketchup só começou a tomar sua forma atual no século XIX, quando foi transformado em um condimento mais espesso, doce e avermelhado.
Evolução e Popularização
Durante o século XIX, o ketchup de tomate foi ganhando popularidade e se estabelecendo como o produto que conhecemos hoje, graças à adição de açúcar e outros temperos que equilibraram o sabor.
Curiosidades
- O ketchup já teve diversas grafias, incluindo “catsup” e “catchup”.
- Nos Estados Unidos, o consumo anual ultrapassa 500 milhões de bisnagas.
- Apesar de sua associação com hambúrgueres e batatas fritas, sua origem remete a um molho fermentado de peixe, um dos pilares da culinária asiática.