Sabe quando você quer se lembrar de uma coisa, está quase lá, mas a palavra não vem? Essa angústia é estudada por neurocientistas, que a chamam justamente de “Fenômeno da Ponta da Língua”. Toda essa confusão acontece no nosso cérebro, por vários motivos…

A pessoa tem certeza de que conhece a palavra específica de que está tentando se lembrar, pior, ela recorda tudo relacionado: sabe que é um inseto amarelo e preto, de picada forte, que leva o pólen de flor em flor, mas a palavra “abelha” não vem. Afinal, é a representação sonora dessas características que está bloqueada.

É como se fosse uma corrida que só termina quando seus dois participantes cruzam a linha de chegada. Um deles, o sentido, já chegou lá, mas o outro, o registro sonoro, ainda está lá atrás. Enquanto eles não estiverem juntos, a palavra fica “na ponta da língua”.

O curioso é que essa separação entre som e sentido já tinha sido imaginada, na teoria, pela ciência que estuda os símbolos: na semiótica, cada palavra é um signo, dividido em significante (o som) e significado (o sentido).

Jogo de memória

Causas e soluções para palavras na ponta da língua:

Estresse – Angústia bloqueia a memória. Para lembrar, é preciso tranquilidade.

Idade – Os anos atrofiam a ínsula, região cerebral envolvida na formação de palavras.

Poliglota – Para quem fala mais de um idioma, é como se várias palavras lutassem pela atenção do cérebro.

Som – Se nada funcionar, apele para o som: liste o alfabeto letra por letra que a resposta deve vir.

Palavras-cruzadas – Afiam o vocabulário, previnem contra palavras na ponta da língua.


Fonte: Superinteressante

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