Em vários idiomas, é frequente os nomes próprios mais difundidos adquirirem a função de adjetivos ou substantivos. No Português, vemos muitos destes nomes que passam a fazer parte de substantivos compostos, como, a maria-vai-com-as-outras, o joão-de-barro, o joão-bobo e o joão-ninguém. O termo maria-fumaça surgiu no século XX para designar a locomotiva a vapor.

Locomotivas no Brasil

A locomotiva a vapor é uma locomotiva propulsionada por um motor a vapor que se compõe de três partes principais: a caldeira, produzindo o vapor usando a energia do combustível, a máquina térmica, transformando a energia do vapor em trabalho mecânico e a carroçaria, carregando a construção. O vagão-reboque (também chamado “tender”) de uma locomotiva a vapor transporta o combustível e a água necessários para a alimentação da máquina.

As primeiras locomotivas apareceram no século XIX, sendo o mais popular tipo de locomotiva até ao fim da Segunda Guerra Mundial.

A primeira locomotiva a rodar no Brasil foi a “Baroneza”, que em 30 de abril de 1854 percorreu em pouco mais de 23 minutos o trecho de 14,5 km entre o porto de Mauá, na Baía da Guanabara, e a localidade de Fragoso, inaugurando a Estrada de Ferro Mauá. A viagem inaugural contou com a presença ilustre do imperador do Brasil, Dom Pedro II.

Como surgiu a Maria-Fumaça?

No Brasil as locomotivas a vapor receberam o apelido de “maria-fumaça” em virtude da densa nuvem de vapor e fuligem expelida por sua chaminé, sendo que no final do século XIX e início do século XX, os matutos e caipiras, davam-lhe o nome de balduína, uma corruptela de baldwin, a marca das locomotivas de origem norte-americana, usadas na época.

Como Maria sempre foi um nome popular em todos os lugares por onde a máquina passava, o povo se acostumou a dizer: “Lá vem a Maria fazendo fumaça”.

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