A expressão “rasgar seda” é uma expressão popular brasileira que significa fazer elogios exagerados, geralmente com o objetivo de agradar ou obter algo em troca. Muitas vezes, essa bajulação excessiva pode ser vista como artificial ou incômoda, causando constrangimento ou irritação.
Origem
A expressão nasceu no teatro brasileiro, mais especificamente em uma das comédias de Luís Carlos Martins Pena, considerado o fundador do teatro de costumes no Brasil.
Em uma das cenas de sua peça, um vendedor de tecidos visita a casa de uma moça e, enquanto tenta vender seus produtos, começa a cortejá-la com uma série de elogios exagerados. Ele chega a oferecer tecidos de graça, dizendo que é um humilde servo de uma mulher tão bela.
A moça, no entanto, responde com inteligência e humor: “Não rasgue a seda, que esfiapa-se.”
Com essa frase, ela dá a entender que os elogios exagerados podem ser contraproducentes e causar o efeito oposto ao desejado.
Popularidade
Esse episódio marcou a expressão, que se espalhou e se tornou um sinônimo de bajulação. O termo continua em uso até hoje, muitas vezes com conotações negativas, associando o comportamento ao interesse pessoal ou à falta de sinceridade.