A expressão “Maria-vai-com-as-outras” refere-se a uma pessoa que não possui vontade própria, caracterizando-se como alguém facilmente influenciável e que tende a seguir as opiniões e comportamentos de outros. A origem do termo remonta ao início do século XIX, associando-se à Rainha Maria I de Portugal (1734-1816), mãe de dom João VI (1767-1826), também conhecida como “Maria, a Louca”. Essa rainha, que enfrentou problemas de saúde mental, era frequentemente vista acompanhada por suas damas de companhia durante passeios, que a amparavam, guiavam e cuidavam, o que levou o povo a comentar que ela “ia com as outras”.

Contexto Histórico

A Rainha Maria I foi afastada do trono devido à sua incapacidade de governar, resultado de sua deterioração mental após eventos traumáticos em sua vida. Durante seus passeios, ela era acompanhada por outras mulheres que a ajudavam e guiavam, reforçando a imagem de alguém que não agia por conta própria. Essa associação histórica gerou um estigma sobre a falta de autonomia e opinião própria.

Uso Atual

Atualmente, o termo “Maria-vai-com-as-outras” é utilizado de forma coloquial para descrever pessoas que demonstram uma fragilidade em suas decisões e opiniões. A expressão é frequentemente aplicada em contextos sociais para criticar comportamentos conformistas ou submissos.

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