Palíndromos são palavras ou frases que podem ser lidas da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, mantendo o mesmo sentido em ambas as direções. Podemos dizer que o palíndromo, comparado à frase comum, é como um bilhete de ida-e-volta. “Ana”, por exemplo, é um nome palindrômico.

O vocábulo “palíndromo” é de origem grega, sendo formado pelos elementos “palin” (de novo) e “dromo” (percurso, circuito). Palíndromos também podem ser chamados de “anacíclicos”, ou seja, que voltam em sentido inverso, que refazem inversamente o ciclo. Alguns especialistas alertam para não confundirmos versos sotádicos com palíndromos. Os versos sotádicos são aqueles que, lidos da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, não alteram seu sentido, como, por exemplo: “Infelizmente morreram todos” = “Todos morreram infelizmente”.

Um dos palíndromos mais antigos e conhecidos está em latim: “Sator arepo tenet opera rotas” (“O lavrador diligente segura o trabalho com cuidado”). Este é considerado um palíndromo perfeito, pois pode ser lido em qualquer direção, inclusive de cima para baixo ou de baixo para cima. Observe:

S A T O R
A R E P O
T E N E T
O P E R A
R O T A S

O maior palíndromo que se conhece é a palavra finlandesa “saippuakivikauppias”, de dezenove caracteres, que significa “vendedor de soda cáustica”. Já a palavra palindrômica mais extensa do nosso idioma é o superlativo “omissíssimo” (de omisso, negligente).

Na construção de sentenças, versos e frases, o exemplo tido como mais antigo do Brasil é: “Roma me tem amor”. Depois deste, surgiram vários outros, dentre eles o conhecido: “Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos”.

Existem palíndromos em outros idiomas, além dos já citados em português e inglês, tais como:

  • Em sueco: “Ni talar bra latin” (Vocês falam bem latim.)
  • Em espanhol: “Dábale arroz a la zorra el abad” (O abade dava arroz à raposa.)
  • Em latim: “Roma tibi subito motibus ibit amor” (Em Roma o amor lhe virá de repente.)
Compartilhar