O francês é o terceiro idioma mais requisitado no mundo corporativo. Quase 70% das vagas no mercado de executivos têm como requisito o conhecimento mínimo da língua francesa, além do domínio do inglês e do espanhol.

“A demanda é por um francês desejável, intermediário ou mesmo avançado. Essa predominância é histórica por conta das companhias instaladas no Brasil, principalmente, nas áreas de indústria automobilística e farmacêutica”, diz Luis Testa, diretor da Catho.

A exigência está concentrada nas áreas de gestão e engenharia, além de setores técnicos e de qualidade. “O francês é o terceiro idioma mais importante do mercado de trabalho brasileiro. Isso vem se tornando notório nos últimos dez anos, com o aumento acentuado da demanda”, diz Testa.

Luccas Bucione, gerente de supply chain da companhia Maped, retomou o curso de francês em agosto último com o propósito de agregar valor ao currículo e galgar postos, quem sabe na França. “A decisão em aprender o idioma ocorreu em função da necessidade profissional de ter uma terceira língua. Falo fluentemente inglês e espanhol”, afirma.

A empresa onde ele trabalha é francesa e dominar o francês é essencial para seu plano. Há cinco anos na companhia, Buccione espera ser transferido para a França e assumir novas funções. Cesar Dracon Fernandes Barreto, supervisor comercial da Aliança Francesa, diz que historicamente as pessoas aprendiam francês por uma questão cultural. “Mas de alguns anos para cá, principalmente entre 2016 e 2017, observamos um aumento expressivo da demanda por profissionais do mundo corporativo“, diz.

A decisão em aprender um novo idioma costuma ocorrer em função da necessidade profissional de ter uma terceira língua e se manter renovado no mercado de trabalho.

Francês em foco

Várias empresas selaram parcerias com a Aliança para aulas “in company” de cursos estratégicos, segundo o supervisor. A média de idade dos alunos da Aliança Francesa sempre oscilou entre 35 e 45 anos, mas para esse novo perfil que vem procurando a escola, a faixa etária oscila entre 40 e 50 anos.

Geralmente, as companhias arcam com os custos do curso para colaboradores de alto escalão. “Em tempos de crise, principalmente, executivos de alto escalão, com idade mais avançada, estão se vendo obrigados a renovar, até porque há cada vez mais jovens bem capacitados chegando ao mercado”.

Aline Galvão Ferreira, diretora executiva da Hippo Business, diz que quem faz francês na sua escola são, em geral, altos executivos, todos poliglotas, que hoje não passam de 10 alunos. “A procura pelo francês começou aqui há dois anos. São executivos que trabalham em companhias cuja matriz fica na França e veem na língua francesa um diferencial para o currículo“, comenta.

Geralmente, observa Aline, são profissionais que, na maioria das vezes, não tem nenhum conhecimento do idioma e precisam começar do básico. “Mesmo assim o material didático é voltado para a área de negócios”, afirma.


Via Valor

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