Neste artigo, mergulharemos em um mini-dicionário de gírias e expressões venezuelanas, são os regionalismos da Venezuela que vão do humor descontraído às profundezas da vida cotidiana. Cada uma dessas gírias e expressões carrega consigo uma história, um contexto e um sentimento que ressoa com os venezuelanos. À medida que exploramos essas palavras, também examinaremos seus significados subjacentes, revelando como a língua se entrelaça com a vida e a identidade nacional.
Rumba
A palavra “rumba” na Venezuela é frequentemente usada para se referir a uma festa animada, com música, dança e diversão. É uma expressão que evoca um clima festivo e descontraído.
Vamos a la rumba.
Vamos para a festa.
Vamos a la rumba este sábado, ¿te apuntas?
Vamos para a festa no sábado, você vai?
Anoche hubo una rumba genial en casa de Pedro.
Ontem à noite teve uma festa incrível na casa do Pedro.
Zaperoco
“Zaperoco” é uma expressão venezuelana usada para descrever uma situação caótica, tumultuada ou bagunçada. Geralmente é usado quando há confusão, desordem ou agitação em um determinado ambiente ou situação.
A palavra também pode ser usada para se referir a uma discussão acalorada ou briga.
Se armó un zaperoco donde el vecino.
Deu uma confusão no vizinho.
¡Hubo un zaperoco en la fiesta anoche!
Houve uma confusão na festa ontem à noite!
La tienda estaba en zaperoco durante la liquidación.
A loja estava em tumulto durante a liquidação.
Burda
“Burda” é uma palavra venezuelana usada para enfatizar algo em grande quantidade, intensidade ou qualidade. Pode ser traduzida como “muito”, “muitíssimo”, “muita quantidade”, dependendo do contexto. É uma gíria usada para intensificar ou enfatizar algo, tornando-o mais significativo.
Me compré una cartera burda de cara.
Comprei uma bolsa muito cara.
Hace burda de calor hoy.
Está fazendo muito calor hoje.
¡Esa comida está burda de rica!
Essa comida está muito saborosa!
Chévere
A palavra “chévere” é uma expressão muito comum na Venezuela e em outros países de língua espanhola, como Colômbia e Porto Rico. Ela é usada para transmitir uma sensação de aprovação, entusiasmo, admiração ou satisfação em relação a algo.
“Chévere” é uma gíria informal que pode ser traduzida de várias maneiras, dependendo do contexto, como “legal”, “ótimo”, “bacana”, “maneiro”, “show de bola”, entre outras.
La fiesta de anoche estuvo bien chévere, todos se divirtieron mucho.
A festa de ontem foi bem legal, todos se divertiram muito.
¡El concierto fue chévere, la banda tocó increíble!
O show foi maneiro, a banda tocou incrivelmente!
Estoy teniendo un día chévere en el parque.
Estou tendo um dia bacana no parque.
Já falamos sobre algumas formas de dizer “legal” em espanhol.
Mija
“Mija” é usada para se referir a uma pessoa jovem, geralmente uma mulher ou uma menina. É uma forma carinhosa de se dirigir a alguém, muitas vezes equivalente a “querida” ou “minha filha”.
“Mi” é uma abreviação de “mi” (minha) e “hija” significa filha. Portanto, “mija” pode ser entendido como “minha filha” ou “querida filha”, mas é usado de forma mais ampla e afetuosa para se dirigir a pessoas jovens.
¿Necesitas ayuda, mija?
Você precisa de ajuda, querida?
Mija, ven aquí un momento.
Minha filha, venha aqui por um momento.
No te preocupes, mija, todo estará bien.
Não se preocupe, querida, tudo ficará bem.
É importante observar que “mija” é uma expressão informal e afetuosa, e seu uso pode variar de acordo com a relação entre as pessoas e o contexto da conversa.
Chimbo
“Chimbo” é uma gíria venezuelana que é usada para descrever algo de má qualidade, falso, enganador, chato ou ruim. Pode ser usado para se referir a objetos, situações, pessoas ou até mesmo para expressar desagrado em relação a algo.
Esa película que vimos anoche estaba chimba, ni vale la pena.
O filme que vimos ontem à noite estava ruim, nem valeu a pena.
La calidad de esos zapatos es bien chimba.
A qualidade desses sapatos é bem ruim,
Echar los perros
Cortejar, flertar ou paquerar alguém de maneira persistente ou intensa.
El jefe le está echando los perros a la secretaria.
O chefe está flertando com a secretária.
Siempre que vamos a ese café, el mesero me echa los perros. Es un poco incómodo.
Sempre que vamos a esse café, o garçom fica flertando comigo. É um pouco desconfortável.
Ratón
Gíria usada para se referir a uma ressaca, ou seja, o mal-estar físico que algumas pessoas sentem após consumir bebidas alcoólicas em excesso.
Tengo un ratón terrible después de la fiesta de anoche.
Estou com uma ressaca terrível depois da festa de ontem à noite.
No puedo creer lo fuerte que está el ratón que me pegó hoy.
Não consigo acreditar na forte ressaca que estou sentindo hoje.
Filo
Significado: fome
Estoy con mucho filo, ¿vamos a comer algo?
Estou com muita fome, vamos comer algo?
Siempre tengo un snack en la mochila para calmar el filo.
Sempre tenho um lanche na mochila para matar a fome.
Gafo
Gíria usada como sinônimo de idiota, bobo, bobão, estúpido ou imbecil.
Manu es tan gafa; no la soporto.
Manu é tão estúpida; não a suporto.
No seas gafo, eso está obvio.
Não seja idiota, isso está óbvio.
“¡Qué gafo eres! ¿Por qué harías algo así?
Como você é idiota! Por que você faria algo assim?
Bemba
Descrever alguém com lábios muito grossos, carnudos ou volumosos.
Esa actriz tiene una bemba impresionante.
Essa atriz tem lábios muito grossos impressionantes.
Me encanta cómo se ven tus bembas cuando sonríes.
Eu adoro como seus lábios carnudos ficam quando você sorri.
Arrecho
Na Venezuela, “arrecho” pode ser usado de diferentes maneiras, entre elas para expressar raiva ou frustração como sinônimo de bravo, irritado, chateado, indignado e para expressar que algo é difícil ou complicado.
El examen de matemática estaba muy arrecho.
A prova de matemática estaba muy difícil.
Mi mamá está arrecha conmigo porque llegué tarde.
Minha mãe está brava comigo porque cheguei tarde.
Estoy arrecho porque perdí la buseta y llegué tarde al trabajo.
Estou irritado porque perdi o ônibus e cheguei tarde ao trabalho.
“Buseta” é uma gíria para “ônibus pequeno de transporte público”.
Pichirre
Palavra usada para se referir a alguém que é mesquinho, tacanho avarento, sovina ou econômico ao extremo, uma pessoa que evita gastar dinheiro.
Rafael es muy pichirre, es mejor no invitarlo.
Rafael é muito avarento, é melhor não convidá-lo.
Mi tío es tan pichirre que usa los dos lados del papel higiénico.
Meu tio é tão mão-de-vaca que usa os dois lados do papel higiênico.
No português, “mão-de-vaca” é uma expressão popular usada para designar um indivíduo que não gosta de gastar dinheiro, que é mesquinho, pão duro, sovina. O “mão de vaca” é aquele que se priva de tudo para poder economizar seu dinheiro
Carajito
Gíria usada para se referir a uma criança, jovem, garoto ou rapaz de pouca idade. É uma forma informal e coloquial de se dirigir ou se referir a um menino ou adolescente.
Vi a unos carajitos jugando en el parque.
Vi uns moleques brincando no parque.
Mi hermano menor es un carajito muy travieso.
Meu irmão mais novo é um garoto muito travesso.
Em português, uma tradução aproximada seria “moleque” ou “garoto”.
Estar limpio
O mesmo que “estar sem dinheiro” ou “liso(a)”.
Mi hermano siempre está limpio, no ahorra nada.
Meu irmão sempre está liso, não economiza nada.
No puedo salir esta noche, estoy limpio.
Não posso sair esta noite, estou sem dinheiro.
Pelabola
Outra forma de dizer que está sem dinheiro é com a expressão “pelabola”.
Últimamente estoy pelabola, no tengo ni para una taza de café.
Ultimamente estou na pindaíba, não tenho nem para um café.
“Este mes ha sido difícil, estoy completamente pelabola.
Este mês tem sido difícil financeiramente, estou completamente sem dinheiro.
Echarle pichón
Expressão idiomática usada para indicar dedicação, esforço ou foco em algo. É usada quando alguém está se empenhando ou se dedicando intensamente a uma tarefa ou objetivo, se esforçoando na vida.
Voy a echarle pichón a mis estudios para sacar buenas notas este semestre.
Vou me dedicar aos meus estudos para tirar boas notas neste semestre.
A origem desta expressão remonta ao passado, quando existiam bombas ou fontes públicas das quais se retirava água, mas isso exigia um grande esforço físico. Nelas havia um letreiro que dizia em inglês “push on”, mais tarde foi adaptado ao espanhol-venezuelano “pichón” e é assim que é conhecido hoje o “échale pichón” como uma maneira de se esforçar para alcançar um objetivo.
Ser del año de la pera
Expressão idiomática usada para se referir a um tempo muito distante ou a um período longínquo no passado. Denota algo antigo, é usada para indicar que algo aconteceu há muito tempo.
El abuelo siempre nos contaba historias del año de la pera.
O avô sempre nos contava histórias do tempo do Onça.
A origem da expressão “del año de la pera” não é clara, mas historiadores apontam que ela pode ter origem literária e fazer referência ao famoso bandolero catalão, do século XVII, Perot Rocaguinarda, já que em Dom Quixote mencionava-se um personagem chamado Perot Rocaguinarda, cujo nome é um aumentativo de Pere, que em catalão é pronunciado “Pera’.”
Do tempo do onça: A frase foi criada para se referir a algo muito antigo. Entre 1725 a 1732, o Rio de Janeiro foi governado pelo capitão Luís Vahia Monteiro, apelidado de “Onça”. Por isso, quando os cariocas queriam dizer algo que tinha acontecido havia bastante tempo, diziam que aquilo era do “tempo do Onça”. Há quem defenda a existência de outro “Onça”. Teria sido um chefe de polícia de Pernambuco que também viveu no século XVIII e foi apelidado de Onça pela coragem e pelo temperamento violento.
Billullo
A gíria “billullo” é um termo venezuelano utilizado para se referir a dinheiro ou dinheiro em espécie. Essa expressão é frequentemente usada em contextos informais e descontraídos.
Estoy un poco ajustada de billullo en este momento.
Estou um pouco apertada de grana neste momento.
Necesito más billullo para comprarme la bicicleta.
Preciso de mais grana para comprar a bicicleta.
Cotufa
Na Venezuela, a gíria “cotufa” é usada para se referir a pipoca, o petisco feito a partir de grãos de milho estourados.
Voy al cine pero no tengo dinero para las cotufas.
Vou ao cinema mas estou sem dinheiro para comprar pipoca.
¡Vamos a ver una película en casa esta noche! Traje unas cotufas para compartir.
Vamos assistir a um filme em casa esta noite! Trouxe umas pipocas para compartilhar.
Merma
Expressão usada para se referir a algo que é excepcionalmente ou excesivamente bom. O termo pode ser usado para expressar aprovação ou entusiasmo em relação a algo positivo.
Esa banda es una merma.
Essa banda é muito boa.
¡Viste esa película que vimos anoche? ¡Estuvo merma!
Viu aquele filme que assistimos ontem à noite? Foi excepcional!
Choro
Essa expressão pode ser empregada informalmente para se referir a alguém que pratica atos de roubo ou furto, ou seja, um ladrão.
El choro se escapó antes de que la policía pudiera arrestarlo.
O ladrão fugiu antes que a polícia pudesse prendê-lo.
¡Cuidado con ese tipo, dicen que es un choro!
Cuidado com aquele sujeito, dizem que ele é um ladrão!
Tombo
Na Venezuela, a gíria “tombo” é usada para se referir a policiais, especialmente aqueles que estão envolvidos em atividades de aplicação da lei, como fazer prisões ou supervisionar a ordem pública.
Varios tombos corrieron tras los ladrones.
Vários tiras (policiais) correram atrás dos ladrões.
Anoche, unos tombos me pidieron los documentos en el control de tránsito.
Ontem à noite, uns tiras me pediram os documentos na blitz de trânsito.
A gíria brasileira “tira”, com o sentido de policial, é um caso interessante de expressão que parece ter garantido sobrevida apenas por seu uso em dublagens e legendas de cinema. Outra expressão em português é “cana”, comum em Portugal e algumas partes do Brasil.
Chamba
Na Venezuela, a gíria “chamba” é usada para se referir a trabalho, emprego ou ocupação. É uma forma informal de mencionar atividades laborais ou profissionais.
No Brasil, utilizamos a gíria “trampo”, entre outras expressões, para se referir a atividades de trabalho, emprego ou ocupação.
Mañana no podré ir, no puedo faltar a la chamba.
Amanhã eu não poderei ir, não posso faltar ao trampo.
Estoy buscando chamba en el área de ventas.
Estou procurando trampo na área de vendas.
Chivo
Significado: Chefe
Hugo es el chivo principal de la empresa.
Hugo é o chefe principal da empresa.
¿Ya revisaste el informe para entregar al chivo mañana?
Você já revisou o relatório para entregar ao chefe amanhã?
Pepazo
A expressão “pepazo” na Venezuela é uma gíria usada para se referir a um “tiro” ou “disparo”.
Los vecinos oyeron algunos pepazos pero nadie salió a ver.
Os vizinhos escutaram alguns disparos mas ninguém foi olhar.
Anoche hubo un enfrentamiento entre bandas rivales y se escucharon varios pepazos.
Ontem à noite houve um confronto entre gangues rivais e vários tiros foram ouvidos.
Compinche
A gíria “compinche” é usada para se referir a um amigo íntimo, colega ou parceiro. É uma forma informal e carinhosa de se dirigir a alguém com quem se tem uma relação próxima.
Mi compinche Alberto y yo nos vamos a pescar este sábado.
Eu e meu amigo Alberto vamos pescar neste sábado.
Me encontré con mi compinche Juan en el centro comercial y fuimos a almorzar juntos.
Encontrei meu camarada Juan no shopping e fomos almoçar juntos.
Violín
A gíria “violín” é usada para se referir ao “fedor nas axilas” ou “cecê”.
Pasé el día entero con tremendo violín.
Passei o dia inteiro com muito cecê.
Después de hacer ejercicio en el gimnasio, tenía un violín tremendo.
Depois de fazer exercícios na academia, estava com um cecê terrível.
A gíria “cecê” é usada em português para se referir ao mau cheiro corporal, especialmente nas axilas. Ela é usada de forma informal e coloquial para descrever o odor desagradável que pode ocorrer devido à falta de higiene ou suor excessivo.
Tumbar
Na Venezuela, a gíria “tumbar” é usada para se referir a roubar, furtar ou subtrair algo de alguém.
Anoche intentaron tumbar la bicicleta que dejé en la calle.
Ontem à noite tentaram roubar a bicicleta que deixei na rua.
Le tumbaron el dinero y no se dio cuenta.
Roubaram-lhe o dinheiro e não percebeu.
Pana
Assim como “compinche”, a gíria “pana” é usada para se referir a um amigo, colega, camarada ou companheiro.
Ayer me fui con mi pana Alberto a pescar al río.
Ontem fui pescar no rio com meu amigo Alberto.
Mi pana Juan me ayudó a arreglar mi carro ayer.
Meu camarada Juan me ajudou a consertar meu carro ontem.
Chamo
Na Venezuela, a gíria “chamo” é usada de maneira similar a “rapaz”, “garoto” ou “cara” em português, refere-se a uma pessoa qualquer.
¡Oye, chamo, tienes que probar esta comida!
Ei, rapaz, você precisa experimentar essa comida!
Mira que está grande tu chamo.
Olha como está grande teu garoto.
Pea
Gíria utilizada na Venezuela para se referir a um “porre” ou “bebedeira”. Essa gíria é usada para descrever um estado de embriaguez causado pelo consumo excessivo de álcool.
No quiero que los niños te vean otra vez con esa pea.
Não quero que as crianças te vejam de novo com um porre como esse.
Después de la fiesta de anoche, amanecí con una pea terrible.
Depois da festa de ontem à noite, amanheci com um porre terrível.
Mojonero
A gíria “mojonero” é usada na Venezuela para descrever uma pessoa que tem o hábito de mentir ou inventar histórias. Quando alguém é chamado de “mojonero”, isso significa que essa pessoa não é muito confiável quando se trata de dizer a verdade.
Él es un mojonero y nunca va a decirte la verdad.
Ele e um mentiroso e nunca vai te dizer a verdade.
No le creas a Luis, siempre está inventando cosas. Es un mojonero.
Não acredite no Luis, ele está sempre inventando coisas. Ele é um mentiroso.
Fontes: Venezuelainfo
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