Cada idioma oferece um desafio diferente: de forma geral, não existe um língua que seja mais difícil do que outra. O que ocorre, na verdade, é que o grau de semelhança entre as línguas passa a impressão de que determinado idioma é mais fácil ou mais difícil.

Teoricamente, um brasileiro teria mais facilidade de aprender os idiomas da subfamília românica (línguas latinas): espanhol, italiano, francês e romeno. É possível perceber nesses idiomas muitas semelhanças de vocabulário, morfologia sintaxe.

Por outro lado, a frequência com que somos expostos a outros idiomas no dia a dia dá a impressão de conhecê-lo mesmo antes de estudar, como no caso do inglês. Assim, temos a tendência de considerar o inglês mais fácil de aprender do que o alemão, holandês ou sueco; no entanto, esses idiomas pertencem ao mesmo grupo, de línguas germânicas.

Para aprender idiomas

É sempre bom lembrar, que idiomas que não utilizam o alfabeto latino representam um desafio a mais para nós, brasileiros. E que a aprendizagem de um idioma demanda tempo, acostume-se com a escala de semanas, meses ou anos. Não se aprende um idioma do dia para a noite, não existem atalhos nem poções mágicas, aceitar isso já é um bom começo.

Seja qual for o idioma, empenhe-se sempre em desenvolver vocabulário, pois será muito útil nos primeiros estágios de estudo.

Monolíngue é monótono

Um mundo monolíngue — como muitos desejam — seria monótono demais. A beleza vem da diversidade, elas nos motiva a conhecer e explorar novas culturas, proporcionando descobertas incríveis.

Cada idioma tem sua própria “personalidade”, pois através dele que expressamos os nossos valores, a nossa cultura, o mundo que nos rodeia. Cada idioma oferece uma experiência diferente, uma forma distinta de observar o mundo. A carga semântica das palavras — em sua totalidade — se perde até mesmo nas melhores traduções, ou seja, um texto literário escrito em francês só pode ser entendido em sua plenitude nessa língua.

Veja, por exemplo, o idioma espanhol, que tem em sua essência, a relação entre o formal e o informal, presente nas formas de tratamento e Usted. O inglês, mais objetivo, nos brinda com palavras como Serendipity, que significa a alegria de descobrir algo que não se estava procurando. O alemão nos surpreende com a palavra Schadenfreude, que significa a alegria em ver o outro se dar mal. Sendo assim, quem domino um idioma estrangeiro tem uma visão diferenciada, que é, sem dúvida, muito mais rica.

Todos conhecem as vantagens de se aprender outros idiomas; no entanto, poucos sabem como alcançar esse objetivo. Se por um lado, o Brasil é um dos países que mais possuem escolas de idiomas, por outro lado, nosso país também figura entre os com menor grau de proficiência em inglês, a mesma situação pode ser observada em outros idiomas. Entendemos que dois fatores contribuem muito para as péssimas estatísticas: o foco exagerado em gramática e a ilusão de que se aprende um idioma apenas assistindo a aulas.

“O maior responsável pelo seu aprendizado é você. Não gosta do professor, troque; não gosta da escola, escolha outra; quer aprender por conta própria, dedique-se” — Alessandro Brandão

O aprendizado de um idioma não começa no primeiro dia de aula, nem mesmo quando se abre pela primeira vez um livro de gramática. Ele começa bem antes, na mudança de atitude. Sem a criação de hábitos que levam ao contato permanente com o idioma e com a cultura que se deseja aprender, qualquer esforço é inócuo.

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