Mapa interativo reúne as línguas do mundo e permite que você ouça até sotaques regionais. Esta plataforma reúne gravações enviadas por pessoas de diferentes países e tem subdivisões locais e até cidades.

Qualquer um que já viajou de uma região a outra do Brasil, e, em alguns casos, mesmo de uma cidade a outra, sabe que há diferenças marcantes no vocabulário utilizado e mesmo no jeito como as palavras são pronunciadas.

Essas diferenças territoriais na forma como se fala são suficientes para constituir dialetos. No Brasil, por exemplo, há o dialeto recifense, falado na região metropolitana do Recife; o dialeto caipira, falado em partes de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Paraná; e o cearense, por exemplo.

Para quem não conhece uma língua, compreender e se acostumar com essas diferentes formas de falar pode ser tão difícil quanto aprender uma nova gramática. Foi a partir desse problema que David Ding, ex-engenheiro de softwares da Microsoft, criou o Localingual, um mapa interativo online no qual é possível ouvir trechos de falas de pessoas de diversas regiões do globo.

Com ele é possível ouvir não só as diferenças entre o português de um gaúcho e de um paraibano, mas também entre um falante de francês de Paris ou de Québec, no Canadá, por exemplo. O site mostra um mapa-múndi com todos os países. Conforme se dá um zoom na imagem, as divisões administrativas internas — Estados, no caso do Brasil —, assim como algumas das principais cidades, são destacadas. Ao clicar nelas é possível ouvir vozes locais.

O site está no ar desde 2017, e as gravações são enviadas por voluntários. Por isso, mesmo com mais de 18 mil diferentes gravações, ainda há diversos locais com poucos ou nenhum exemplo de falas, esperando por contribuições.

Segundo o criador do Localingual, o objetivo é fazer com que o site, mantido à base de doações, se transforme em uma “Wikipédia das línguas e dialetos”, que poderia ser consultada por qualquer interessado em aprender a pronunciar as palavras de acordo com a região do globo.


Fonte: Nexo

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