O português e o italiano são línguas românicas, ou seja, ambas descendem diretamente do latim, o que lhes confere várias semelhanças no vocabulário, na gramática e, em certa medida, na pronúncia. No entanto, cada idioma seguiu um percurso evolutivo distinto, moldado por contextos históricos, culturais e geográficos específicos, resultando em características únicas.
Vamos explorar as principais convergências e divergências entre o português brasileiro, o português europeu e o italiano, destacando como suas origens comuns se manifestam e onde elas se distanciam.
Raiz Latina
O português e o italiano têm sua origem no latim vulgar, a forma coloquial da língua latina usada pelo povo no Império Romano. Essa herança comum explica muitas semelhanças no vocabulário básico. Por exemplo, palavras como “mão” (mano, em italiano), “verde” (verde, em italiano) e “festa” (festa, em italiano) são praticamente idênticas em ambas as línguas. Essas similaridades tornam algumas palavras familiares para falantes das duas línguas, especialmente em contextos simples ou cotidianos.
Estrutura Gramatical
Tanto o português quanto o italiano compartilham uma estrutura gramatical baseada em gêneros (masculino e feminino) e em regras de concordância nominal e verbal. Em ambos os idiomas, o sujeito e seus adjetivos ou verbos devem concordar em gênero e número.
Por exemplo, em português dizemos “o livro é novo” e, em italiano, “il libro è nuovo”. Nesse caso, observamos a concordância entre o artigo definido (“o” e “il”), o substantivo (“livro” e “libro”) e o adjetivo (“novo” e “nuovo”).
Essa semelhança facilita a compreensão inicial entre os dois idiomas, especialmente para falantes que já possuem familiaridade com essas regras.
Pronúncia
Uma das principais diferenças entre o português e o italiano está na pronúncia, especialmente na entonação e no ritmo. O italiano é frequentemente descrito como uma língua “musical”, graças à sua entonação fluida e ao ritmo regular, com sílabas bem demarcadas e uma tendência a terminar frases com entonação ascendente. Por exemplo, a palavra “amore” (amor) é pronunciada de maneira clara, com cada vogal bem destacada: /aˈmo.re/.
Já o português apresenta uma sonoridade mais variada. O português brasileiro tende a ser mais aberto e melódico, enquanto o português europeu é mais fechado, com maior presença de sons nasalizados e uma articulação mais comprimida. Palavras como “mão” e “coração”, que em português apresentam sons nasais, seriam pronunciadas em italiano como “mano” e “cuore”, sem nasalização.
Essas características tornam o italiano mais previsível foneticamente, enquanto o português, com suas vogais reduzidas e sons nasalizados, pode ser um desafio maior.
Já falamos aqui da pronúncia no italiano.
Substantivos
Ambas as línguas possuem substantivos que se classificam em gênero e número. No entanto, a formação do plural apresenta diferenças significativas.
No português, o plural é geralmente formado adicionando “-s” às palavras terminadas em vogal, como em “o carro – os carros” ou “a casa – as casas”. Para palavras terminadas em consoante, acrescenta-se “-es”, como em “o país – os países”. Uma particularidade do português são as palavras terminadas em “-ão”, que podem seguir diferentes padrões: “a mão – as mãos” (plural irregular) ou “o alemão – os alemães”.
Já no italiano, o plural é formado alterando as terminações das palavras:
- Feminino: Palavras terminadas em “-a” passam a terminar em “-e” (ex.: la casa – le case), e as que terminam em “-e” passam para “-i” (ex.: la nave – le navi).
- Masculino: Palavras masculinas, independentemente da terminação no singular, têm o plural formado com “-i” (ex.: il libro – i libri, il cane – i cani).
Além disso, o italiano possui plurais irregulares que podem confundir aprendizes. Por exemplo, alguns substantivos masculinos tornam-se femininos no plural, como ocorre com partes do corpo humano: il braccio – le braccia (o braço – os braços) ou il ginocchio – le ginocchia (o joelho – os joelhos).
Outro aspecto curioso do italiano são os substantivos terminados em “-a”, como il problema (o problema) ou il sistema (o sistema), que são masculinos e formam o plural com “-i” (i problemi, i sistemi).
Já falamos aqui dos substantivos no italiano.
Uso de artigos e preposições
Os dois idiomas possuem artigos definidos (o, a em português; il, la em italiano) e indefinidos (um, uma em português; uno, una em italiano), que desempenham funções semelhantes, indicando especificidade ou generalidade dos substantivos.
No entanto, existem diferenças no uso combinado de artigos e preposições. Em português, há 4 artigos definidos (o, a, os, as) que podem ser combinados com 4 preposições principais (de, em, a, por), formando contrações como do, no, à, pelo.
Já no italiano, há 7 artigos definidos (il, lo, l’, la, i, gli, le), que se combinam com 5 preposições principais (di, a, da, in, su), formando contrações como del, allo, dalla, nell’, sul. Essa maior variedade de formas no italiano está diretamente relacionada à necessidade de refletir tanto o gênero quanto o número do substantivo ao qual o artigo se refere.
Português | O | A | OS | AS |
---|---|---|---|---|
A | AO | À | AOS | ÀS |
DE | DO | DA | DOS | DAS |
EM | NO | NA | NOS | NAS |
POR | PELO | PELA | PELOS | PELAS |
Italiano | IL | LO | L’ | I | GLI | LE |
---|---|---|---|---|---|---|
DI | DEL | DELLO | DELL’ | DEI | DEGLI | DELLE |
A | AL | ALLO | ALL’ | AI | AGLI | ALLE |
DA | DAL | DALLO | DALL’ | DAI | DAGLI | DALLE |
IN | NEL | NELLO | NELL’ | NEI | NEGLI | NELLE |
SU | SUL | SULLO | SULL’ | SUI | SUGLI | SULLE |
Outra diferença marcante está no uso de artigos para indicar quantidades inespecíficas. Em português, utiliza-se os artigos indefinidos plurais (uns, umas) para esse propósito: “comi umas maçãs”, “vi uns amigos”.
No italiano, em vez disso, usa-se o artigo partitivo, que é a combinação da preposição “di” com os artigos definidos. Exemplos incluem delle mele (umas maçãs), delle persone (umas pessoas), e degli amici (uns amigos). Esses artigos partitivos não têm uma correspondência direta no português, o que pode causar estranheza aos aprendizes de italiano.
Preposições Por x Para x Per
Em português, as preposições “por” e “para” desempenham funções distintas, enquanto em italiano utiliza-se apenas “per” para cobrir muitas dessas funções.
“Por” em português indica meio, causa, troca, ou passagem por um lugar. Exemplos:
- Viajamos por Portugal (passagem).
- Fiz isso por você (motivo ou causa).
- Comprei o livro por 20 reais (troca ou valor).
“Para” em português indica um fim, objetivo ou destino. Exemplos:
- Este presente é para você (destinatário).
- Vou para o trabalho agora (destino).
- Estudei para passar no exame (finalidade).
Já no italiano, a preposição “per” pode desempenhar essas funções dependendo do contexto. Exemplos:
- Abbiamo viaggiato per l’Italia (viajamos pela Itália – passagem).
- Ho fatto questo per te (fiz isso por você – motivo ou causa).
- Questo regalo è per te (este presente é para você – destinatário).
Embora “per” seja amplamente utilizado, outras preposições italianas, como “a”, “da”, ou “di”, podem ser necessárias para expressar formas que no português seriam resolvidas com “por” ou “para”. Por exemplo:
- Vado a scuola (vou para a escola – destino).
- Parto da casa mia alle 8 (saio de casa às 8 – origem).
Preposições De x Di e Da
As preposições “de” em português e “di” e “da” em italiano compartilham várias funções, mas diferem em alguns usos específicos, especialmente no contexto de expressar relação, posse ou finalidade.
Uma das distinções mais notáveis é que, em italiano, “di” e “da” podem ser usadas para situações em que o português empregaria apenas “de”, mas com significados distintos.
“Di” em italiano frequentemente indica o conteúdo ou a origem do que está sendo referido.
- Exemplo: Una tazza di caffè (uma xícara de café). Aqui, entende-se que o café está dentro da xícara.
- Outro uso de “di”: Il libro di Maria (o livro de Maria) – indicando posse.
“Da” em italiano pode indicar função ou finalidade.
- Exemplo: Una tazza da caffè (uma xícara de café). Nesse caso, a preposição “da” indica que a xícara é apropriada ou designada para servir café, mas não necessariamente contém a bebida no momento.
- Outro uso de “da”: Occhiali da sole (óculos de sol) – indicando a finalidade dos óculos.
Em português, usamos a preposição “de” em ambos os casos, e o contexto geralmente é suficiente para esclarecer o significado: “Uma xícara de café” pode significar tanto que há café dentro da xícara quanto que a xícara é apropriada para café.
Pronomes átonos
Os pronomes átonos em português e italiano desempenham funções semelhantes, mas há diferenças marcantes quanto à sua posição em relação ao verbo e às transformações que sofrem.
No português europeu, os pronomes átonos são geralmente colocados depois do verbo (ênclise), mas vêm antes do verbo (próclise) em situações específicas, como:
- Frases negativas: Não te amo.
- Perguntas: Que te disse?
- Após certos pronomes e advérbios: Já lhe disse.
Exemplos:
- Amo-te (ênclise).
- Não te amo (próclise).
- Disse-lhe (ênclise após o verbo).
No italiano, os pronomes átonos são posicionados antes do verbo na maioria dos casos. Exemplos:
- Ti amo (te amo).
- Non ti amo (não te amo).
- Gli ho detto (disse-lhe).
No português, pronomes átonos como o, os, a, as sofrem alterações dependendo da terminação do verbo:
Verbos terminados em “-r”, “-s” ou “-z”: Os pronomes se transformam em -lo, -la, -los, -las.
- Fazer a coisa → Fazê-la.
- Dizer isso → Dizê-lo.
Verbos terminados em “-ão”, “-õe”, “-am” ou “-em”: Os pronomes mudam para -no, -na, -nos, -nas.
- Farão a tarefa → Farão-na.
- Põem o livro → Põem-no
Mesóclise
A mesóclise é uma característica do português europeu e ocorre quando os pronomes átonos são colocados entre a raiz e a terminação do verbo. Essa estrutura é usada especificamente no Futuro do Indicativo e no Condicional.
- Eu recomendarei um livro ao Leandro.
→ Eu recomendar-lhe-ei um livro.
Aqui, o pronome “lhe” (representando “ao Leandro”) é colocado entre a raiz do verbo “recomendar” e a terminação “-ei”.
Uso do sujeito
Em ambos os idiomas, o sujeito pode ser omitido, pois as terminações verbais indicam a pessoa e o número. No entanto, a forma de uso do sujeito pode variar dependendo do contexto e das convenções de cada língua.
No português, a omissão do sujeito é mais frequente e considerada natural em várias construções. No italiano, embora seja possível omitir o sujeito, ele tende a ser mais explícito em contextos formais ou para reforçar a clareza da frase.
Portanto, no português, é comum omitir o sujeito nas frases, já que a conjugação verbal indica claramente quem está realizando a ação. Isso ocorre principalmente em frases afirmativas, onde o verbo sozinho já transmite a informação necessária.
- Exemplo: (Eu) falo português.
Neste caso, o sujeito “Eu” pode ser omitido porque a terminação verbal “-o” do verbo “falar” já deixa claro que a ação é realizada pela primeira pessoa do singular.
No português europeu, a omissão do sujeito é mais frequente do que no português brasileiro, onde o uso do sujeito explícito é mais comum, principalmente quando há necessidade de ênfase ou clareza.
No italiano, também é possível omitir o sujeito, uma vez que a conjugação verbal indica a pessoa e o número da ação. No entanto, é mais comum que o sujeito seja expresso explicitamente, principalmente quando se deseja dar ênfase, ou quando a oração é mais complexa e o sujeito precisa ser destacado para maior clareza.
- Exemplo: (Io) parlo italiano.
Neste caso, o sujeito “Io” (Eu) pode ser omitido porque a terminação verbal “-o” de “parlare” já indica que a ação é realizada pela primeira pessoa do singular. Contudo, em situações formais ou quando se quer dar mais ênfase, é mais comum deixar o sujeito explícito, como em “Io parlo italiano”.
Posição e movimento
As preposições “a”, “in” e “para” desempenham papéis semelhantes em português e italiano, mas sua aplicação em relação a lugares e movimentos varia de maneira interessante entre as duas línguas.
No italiano, a preposição “in” é usada tanto para países quanto para lugares internos (por exemplo, “in Italia” para países e “in casa” para lugares fechados), enquanto no português temos “em” para lugares sem movimento.
Para cidades, a preposição “a” é usada em italiano, mas em português, em muitos casos, “a” também é usada para indicar movimento (como em “Vou a Paris”), mas a preposição “para” é mais comum em português para indicar a direção de movimento, como em “Vou para Paris”.
No Italiano:
Para países, utiliza-se a preposição “in”:
- Sono in Italia (Estou na Itália)
- Vado in Italia (Vou para a Itália)
Para cidades, utiliza-se a preposição “a”:
- Sono a Milano (Estou em Milão)
- Vado a Milano (Vou para Milão)
No Português:
Quando há movimento para um destino, usa-se “a” ou “para”: “Vou para Portugal” ou “Vou a Portugal” (Ambos os casos estão corretos, mas “para” é mais comum quando se fala de movimento para um destino).
Quando não há movimento, ou seja, a ação está ocorrendo em um lugar sem deslocamento, utiliza-se a preposição “em”:
- Estou em Portugal (Estou no território de Portugal).
Verbos Essere x Stare vs Ser x Estar
Tanto o português quanto o italiano possuem verbos que indicam o estado ou a identidade de uma pessoa, mas as formas de uso de “ser” e “estar” em português têm algumas diferenças aos verbos italianos “essere” e “stare”.
Em português, O verbo “ser” é utilizado para características permanentes ou essenciais, como em:
- “Sou brasileiro” (identidade nacional)
- “Sou alto” (característica física permanente)
O verbo “estar” é usado para condições temporárias ou estados de ser que podem mudar com o tempo, como:
- “Estou feliz” (estado emocional temporário)
- “Estou aqui” (localização atual)
Em Italiano, o verbo “essere” é usado em todas as situações de identidade ou estado, seja permanente ou temporário. Então, para expressar tanto características permanentes quanto temporárias, o italiano utiliza “essere” em ambos os casos:
- Sono italiano (sou italiano, identidade)
- Sono felice (estou feliz, estado emocional, mas não se distingue de forma tão clara como no português, pois a noção de “temporário” não é tão enfática em italiano como em português).
No centro e sul da Itália, o verbo “stare” é utilizado em algumas situações no sentido de encontrar-se ou estar num lugar, por exemplo: Dove sta il mio telefono? – Sta lì!.
Verbos auxiliares
Em português, o único verbo auxiliar utilizado na formação dos tempos compostos é o “ter”. Por exemplo, em frases como “Eu tenho estudado muito”, o verbo “ter” auxilia na construção do tempo composto.
Em Italiano, “avere” é o verbo auxiliar mais comum e é utilizado na maioria dos casos para formar os tempos compostos. Por exemplo:
- Ho mangiato (Eu comi) – onde “ho” é a forma de “avere” no presente do indicativo e “mangiato” é o particípio passado do verbo “mangiare”.
“Essere” é usado como auxiliar em situações mais específicas, como:
Movimento: Em italiano, os verbos que indicam movimento, como andare (ir), venire (vir), entre outros, utilizam “essere” como auxiliar. Exemplo: Sono andato (Eu fui) – Aqui, o verbo “andare” (ir) exige o uso de “essere” para formar o tempo composto.
Verbos Reflexivos: Os verbos reflexivos também requerem o uso de “essere” como auxiliar. Exemplo: Mi sono svegliato (Eu acordei) – O verbo reflexivo “svegliarsi” (acordar) utiliza “essere”.
Verbos Impessoais e Intransitivos: Certos verbos intransitivos, especialmente aqueles que não indicam um movimento direto, também utilizam “essere”. Exemplo: Sono nato (Eu nasci) – O verbo “nascere” (nascer), por ser um verbo intransitivo, usa “essere” como auxiliar.
Pretérito Perfeito
No português, o Pretérito Perfeito Simples é utilizado para falar de ações concluídas no passado, como em frases como:
- Vi ao vídeo.
- Tomei café da manhã.
Já o Pretérito Perfeito Composto é usado para expressar ações que começaram no passado e continuam ou têm relevância até o presente, ou que ocorrem de forma repetida ou contínua. Exemplos:
- Ultimamente, tenho comido muito. (A ação de comer é contínua ou recorrente até o presente.)
Em italiano, o pretérito perfeito tem um uso um pouco diferente. O equivalente ao Pretérito Perfeito Simples é o Passato Prossimo. Em geral, ele é usado para expressar ações que ocorreram no passado, mas que têm uma ligação com o presente ou que foram completadas recentemente. Por exemplo:
- Ho visto il video. (Eu vi o vídeo.)
- Ho fatto colazione. (Eu tomei café da manhã.)
Em português, o Pretérito Perfeito Composto foca na continuidade da ação até o presente, enquanto em italiano, o Passato Prossimo é mais usado para ações passadas com conexão com o presente, mas sem a necessidade de indicar que a ação é contínua.
Conjuntivo
Em geral, o Conjuntivo é um modo verbal utilizado para expressar dúvida, opinião ou hipótese. O uso do Conjuntivo nas duas línguas é quase idêntico, exceto quando queremos expressar uma opinião afirmativa ou positiva: “acho que é normal” ou “acho que é importante”.
Em italiano, utiliza-se o Conjuntivo para exprimir uma opinião positiva: penso che sia normale ou penso che sia importante.
Usa-se o Conjuntivo em ambas as línguas para exprimir uma opinião na negativa: “não acho que seja importante” e non penso che sia importante.
Outra diferença é o uso do Conjuntivo no futuro, este encontramos apenas no português. Utiliza-se para falar sobre uma ação hipotética no futuro, normalmente vem depois das palavras “quando” e “se”: “quando chegares telefona-me”, em italiano seria quando arrivi chiamami.
Futuro
No português, além do Futuro do Presente (também conhecido como Futuro Simples), também usamos a construção “ir + infinitivo” para expressar ações futuras de uma maneira mais informal. Por exemplo: “Vou comprar um novo celular.”
Essa construção com “ir + infinitivo” é bastante comum no português, especialmente na fala cotidiana.
Já no italiano, não existe uma construção equivalente com “ir + infinitivo”. Em vez disso, é utilizado o Futuro Simples para expressar o futuro, como: Comprerò un nuovo cellulare. (Eu comprarei um novo celular.)
Infinitivo Pessoal
No português, o infinitivo pessoal é utilizado para fazer concordar o verbo no infinitivo com o sujeito da ação. No italiano, o infinitivo é sempre invariável e não sofre concordância com o sujeito.
No português, o infinitivo pessoal é uma forma verbal que permite a conjugação do verbo no infinitivo de acordo com o sujeito da ação. Ele é utilizado quando há uma relação de subordinação entre frases ou orações, ou quando o verbo no infinitivo está conectado a outro verbo ou expressão que exige a conjugação. Exemplos:
- Obrigado por ter me convidado para falar. (Aqui, o verbo “ter” está no infinitivo pessoal, concordando com o sujeito da oração subordinada “eu”.)
- É preciso falarmos sobre este caso. (O verbo “falar” é conjugado no infinitivo pessoal, concordando com “nós”.)
Esse uso do infinitivo pessoal é comum para expressar necessidade, obrigação ou ação que depende do sujeito.
Em italiano, o infinitivo não possui a forma pessoal que existe no português. Ou seja, em italiano, o verbo no infinitivo não muda para concordar com o sujeito. O infinitivo sempre aparece da mesma forma, independentemente de quem está realizando a ação. Exemplo:
- È necessario parlare di questo caso. (Aqui, “parlare” está no infinitivo simples e não sofre nenhuma alteração, independentemente do sujeito.)
Além dessas, existem muitas outras diferenças e semelhanças entre as duas línguas. Poderíamos explorar, por exemplo, os falsos cognatos (falsi amici) e as expressões idiomáticas (modi di dire), que enriquecem ainda mais o entendimento e o aprendizado do português e do italiano.
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