Un altro paio di maniche é uma expressão idiomática italiana que se traduzida literalmente para o português seria “outro par de mangas”, porém, seu significado é de “outra coisa, diferente da anterior”, como nas expressões em português “são outros quinhentos” ou “é outra história”.

Essa expressão é usada para indicar que algo é completamente diferente ou mais complicado do que aquilo que está sendo discutido ou comparado anteriormente. Geralmente, é usada para enfatizar a diferença significativa entre duas situações ou coisas distintas.

Curiosamente, há ainda em português outra expressão semelhante e com o mesmo sentido de “ser outros quinhentos” que é “ser um outro par de mangas” (derivada do francês “c’est un autre paire de manches”), mas esta é bem menos utilizada.

Exemplos de uso

Per un italiano parlare spagnolo è facile. Imparare il tedesco, invece è un altro paio di maniche.
Para um italiano falar espanhol é fácil. Já prender alemão, são outros quinhentos.

Ho imparato a cucinare piatti semplici, ma fare una cena gourmet è un altro paio di maniche.
Eu aprendi a cozinhar pratos simples, mas fazer um jantar gourmet é outra história.

Imparare alcuni movimenti di danza è semplice, ma ballare il tango è un altro paio di maniche.
Aprender alguns movimentos de dança é fácil, mas dançar tango são outros quinhentos.

Se non vieni alla festa perché non ne hai voglia, lo capisco e lo rispetto, ma se non vieni perché hai paura di encontrare il tuo ex, allo è un altro paio di maniche.
Se você não vem a festa porque não tem vontade, eu entendo e respeito, mas se não vem porque tem medo de encontrar o teu ex, aí é outra história.

Origem da expressão

Tudo teria começado com um costume jurídico então vigente na Península Ibérica: fixar em quinhentos soldos (moeda antiga) a indenização que um agressor condenado deveria pagar por injúria. Para tanto, porém, era necessário que a vítima da agressão fosse um membro da nobreza.

A partir do século XIII os fidalgos de linhagem na Península Ibérica podiam requerer satisfação de qualquer injúria, condenado o agressor em 500 soldos. Quem não pertencesse a essa hierarquia alcançava apenas 300.

O surgimento da expressão popular prende-se ao fato de que, condenado uma vez a desembolsar “quinhentinhos”, o agressor poderia incorrer na mesma pena de novo, caso voltasse a insultar a vítima. Nas palavras saborosas de Câmara Cascudo:

“Compreende-se que outra qualquer vilta, vitupério sem razão, posterior à multa cobrada, não seria incluída na primeira. Matéria para novo julgamento. Outra culpa. Outro dever. Seriam, evidentemente, outros quinhentos.” Ou seja, aí são outros quinhentos.

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