Se você estuda inglês há algum tempo e sente que sua evolução desacelerou, ou se está na fase em que “tudo parece muito difícil”, você não está sozinho! Sua frustração tem um nome: a curva de aprendizagem.
Antes de se queixar sobre o tempo de estudo que você já dedica ao inglês, é importante entender em que etapa você se encontra e quantas horas efetivamente você já realizou de curso e estudo autônomo. Existe um termo chamado curva de aprendizagem usado para qualquer contexto, não só para o inglês e são duas as aplicações desse termo.
O conceito da curva de aprendizagem
A Curva de Aprendizagem possui duas aplicações principais:
Conceitual: Descreve a relação entre o desempenho de um aluno e o tempo/esforço dedicados. O gráfico geralmente mostra uma rápida melhora inicial seguida por um platô.
Quantitativa: Utiliza modelos matemáticos para medir a taxa de domínio em tarefas repetitivas. Embora não se aplique diretamente à complexidade humana da linguagem, seu modelo de taxa de progresso é útil para entender o ritmo.
O estudo de inglês se encaixa perfeitamente nesse modelo. Entendemos por que aprendemos conteúdo e procedimentos novos rapidamente, mas por que, depois de um tempo, a evolução se torna tão mais difícil.
Na primeira, a curva de aprendizagem é frequentemente usada para descrever o tempo e o esforço necessários para aprender algo. Uma relação entre o desempenho de um aluno em uma atividade e o número de tentativas ou tempo necessário para concluí-la; isso pode ser representado como uma proporção direta em um gráfico.
A outra aplicação da curva de aprendizagem é quantitativa, onde modelos matemáticos são criados para representar a taxa de proficiência ou domínio de uma tarefa. Este modelo de curva de aprendizagem só é aplicável quando usado para medir a taxa real de progresso para completar uma tarefa específica em relação ao tempo. A tarefa precisa ser repetitiva e mensurável.
Esclarecido o contexto, vamos para o cenário do estudo de inglês. Alguns alunos aprendem um segundo idioma com mais rapidez e facilidade do que outros. Uns mostram mais determinação. Outros ralam mais…
Fatores que aceleram (ou retardam) sua curva
Nem todos os alunos aprendem um segundo idioma na mesma velocidade. A aquisição de uma nova língua é profundamente influenciada por fatores psicológicos e comportamentais:
Introversão vs. Extroversão: Extrovertidos tendem a praticar mais conversação em ambientes sociais.
Ousadia vs. Medo de Errar: Alunos que se arriscam, mesmo cometendo erros, evoluem mais rápido na fluência.
Motivação Natural: O interesse genuíno e intrínseco pelo idioma impulsiona o estudo autônomo.
Imersão: Vivenciar a língua (e não apenas as aulas) acelera o processo de automação.
Existem ainda outros fatores que influenciam esse processo. Todos eles desempenham um papel na velocidade de aquisição do novo idioma, tais como:
O modelo da curva de aprendizagem elucidou a forma como aprendemos. Ela explica o processo, mas não detalha os fatores envolvidos. Entendemos porque:
- aprendemos tão rápido, mas com tanto esforço, conteúdos e procedimentos novos.
- depois de um tempo, a evolução parece ser tornar tão mais difícil.
As 4 etapas da curva de aprendizagem no inglês
A Curva de Aprendizagem explica seu processo de evolução em quatro estágios distintos, que vão da ignorância inicial à fluência automática:
Inconsciente/ inabilidoso
O aluno está começando e não tem ideia do quão vasto ou complexo o idioma é. Ele não tem consciência das regras e erros que comete. Principalmente se não estudou antes, apenas na escola como disciplina do ensino fundamental e ensino médio.
Consciente/ inabilidoso
O aluno ganha consciência do seu conhecimento limitado e da quantidade de erros que comete. Ele sabe o que deveria dizer, mas não consegue. Como consequência, fica extremamente desmotivado. É nesta etapa íngreme da curva que muitas pessoas desistem.
Consciente/ habilidoso
O aluno já possui boa competência na comunicação (oral e escrita). Ele pensa nas estruturas, vocabulário e pronúncia antes de falar, buscando formas mais seguras de se expressar.
O aluno entra no ponto em que já pode se considerar bom na comunicação oral e escrita do idioma. Percebe quando faz boas construções. Pensa nas estruturas, vocabulário e pronúncia ao falar. Também procura formas mais seguras ou conhecidas para se expressar.
Inconsciente/ habilidoso
O aluno atinge um nível em que possui uma ótima competência e não precisa mais pensar ou se preparar para o que vai dizer. Ele atinge a automação de estruturas e vocabulário. Fala e escreve com naturalidade e desenvoltura.
Nesta última etapa é que parece haver uma certa estagnação na evolução. Por isso, para uma língua adquirida, é preciso sempre manter o uso e estudo. Deixar o inglês vivo em vários momentos da sua vida.
Por Lígia Crispino, fundadora da Companhia de Idiomas via Exame
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